Ruy Sardinha Lopes é o primeiro pesquisador sabático do Polo São Carlos do IEA

O IEA divulgou hoje, 27 de setembro, o resultado da seleção de professores para o Programa Ano Sabático 2024. O Conselho Deliberativo do Instituto escolheu seis docentes de quatro unidades da USP. Eles participarão do programa a partir de março. Os selecionados são:

  • Elizabeth Harkot de La Taille – Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas;
  • Fernando de Lima Caneppele – Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos;
  • Marco Aurélio Werle – Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas;
  • Maria Célia Lima-Hernandes – Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas;
  • Paulo Antonio Dantas DeBlasis – Museu de Arqueologia e Etnologia;
  • Ruy Sardinha Lopes – Instituto de Arquitetura e Urbanismo.

O professor Ruy Sardinha Lopes, do IAU-USP, é o primeiro pesquisador sabático a realizar suas atividades no Polo São Carlos do IEA. Ao longo de um ano, Lopes desenvolverá a pesquisa Ambientes e Aglomerados Urbanos Criativos: Os Parques Tecnológicos e as Agências de Inovação Universitárias no Interior do Estado de São Paulo.

Em sua investigação, o pesquisador pretende analisar o impacto das agências de inovação e parques tecnológicos da USP nas cidades médias do interior do Estado de São Paulo, em especial nas cidades de Ribeirão Preto e São Carlos, tanto no que se refere aos ecossistemas de inovação aí existentes quanto suas dinâmicas urbanas.

De acordo com ele, cada vez mais os vínculos entre o desenvolvimento social e econômico e a criação de ambientes propícios para a geração de conhecimento e inovação têm se colocado como objetivos centrais das políticas públicas de desenvolvimento. “As universidades, em especial as públicas, que historicamente protagonizam o lócus da geração de conhecimento especializado no Brasil, vêm, mais recentemente, reivindicando seu papel como indutoras dos processos de inovação; impactando de maneira significativa os ecossistemas de inovação existentes no país”, afirma.

Nesse processo, tem sido fundamental a formação de ambientes e aglomerados de inovação no interior das universidades, como os parques tecnológicos e as agências de inovação, segundo Lopes. Esse impacto ultrapassa, muitas vezes, o âmbito da geração e transmissão de conhecimento e da interrelação entre as universidades e as empresas, incidindo de maneira significativa nas dinâmicas sociais e urbanas das localidades em que estão inseridas, acrescenta. “Não se trata, entretanto, de uma via de mão única: o contexto e as políticas de desenvolvimento social e urbano existentes também têm papel decisivo na consolidação e sucesso dos ambientes de inovação.”.

Professor do Instituto de Arquitetura e Urbanismo (IAU) desde 2006, Lopes é bacharel, mestre e doutor em filosofia pela FFLCH. É autor dos livros “Informação, Conhecimento e Valor” (Radical Livros, 2008) e “Arte e Mercado: Afinidades Eletivas” (IAU-USP, 2021). Foi professor de várias universidades antes de ingressar no IAU, entre as quais a Universidade Paulista e Universidade Católica de Santos. Orientou nove dissertações de mestrado e duas teses de doutorado, e supervisionou uma pesquisa de pós-doutorado.

Lopes possui experiência acadêmica e profissionais nas áreas de: estética; história da arte e da arquitetura; economia política da cultura, da comunicação e da informação; cultura contemporânea; e filosofia e história da tecnologia. Atua principalmente nos temas: economia política da cultura e da comunicação; cultura e artes contemporâneas; e políticas culturais.

Iniciado em 2016, o programa é uma parceria entre o IEA e a Pró-Reitoria de Pesquisa (PRP) e já contemplou 56 professores. O principal objetivo da iniciativa é propiciar a docentes da Universidade a oportunidade de contar com um ambiente interdisciplinar e período de tempo adequados à realização de pesquisa individual de forma exclusiva durante um ano ou seis meses.

[por Mauro Bellesa]